quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Sri Lanka: Vida Selvagem

É disto por todo o lado

À primeira vista é tentador, mas não recomendamos
O local do "incidente".
Estão a ver a selva mesmo ali?
É areia filho! É areia!

Eu tinha o sonho de ficar na selva, à beira-mar, a comer peixe e marisco fresquinho. Descalça o dia todo. Tipo amor e uma cabana. E achei que o Hiriketyia havia de ser fantástica para isso. E é. Mas só se não tiverem problemas com animais com mais de 4 patas. 
Hiryketiya é uma baía no sul do país. A selva foi sendo desbastada apenas o suficiente para "encaixar" as construções: casinhas e bares de praias. Ao principio é o paraíso se só quisermos surfar, comer, descansar. E nós tínhamos planeado ficar no bem bom uns 10 dias. Até que demos de caras com a "vida real". Aqui na forma de aranhas que mal dão para esborrachar à chinelada. Depois da primeira aparição nunca mais consegui descansar. Pelo menos, não na cabanazinha. Portanto, as noite foram um problema. Só para mim, felizmente. A criancinha dormiu que nem um anjinho papudo. Nunca se apercebeu do "incidente".
Se forem como eu, esqueçam a cabana e escolham um alojamento que tenhas vidros e redes mosquiteiras nas janelas e vão. A água quentinha, tipo cházinho morno e sem tubarões. A comida. Atum, Mahi-mahi (o peixe lá do sitio). Muitos vegetais e frutas. A cerveja em latas de meio litro. A água de coco fresquinha. Um minuto a pé entre o alojamento e a praia.
A baía é pequenina, portanto é fácil ficar "à pinha", comer com os pés dentro de água, etc. Mais difícil é tirar aquela foto a fingir que fomos nós que descobrimos aquele pedaço de paraíso. 


Só neste bocadinho é que não havia ninguém - uma sorte!

Onde queríamos ter ficado e onde comemos na maior parte dos dias. Dois restaurantes "family friendly":

O que fazer:
Comer, beber, descansar, nadar, agradecer ao universo, repetir.
The Grove Lanka
aka "restaurante do carro de bombeiros"

Ainda tirámos uma manhã para ir à vila. Mas com a cria às costas, sem passeios e com tanto trânsito que acaba por ser difícil respirar, não aguentamos mais de 20 minutos e voltámos à nossa selva.

A outra manhã que tirámos foi para ir a Udawalawe National Park. O pessoinha queria muito ver os elefantes. Mas eu queria ainda mais. Lá pedimos ao nosso anfitrião do Airbnb que nos arranjasse transporte. De Hyriketyia são cerca de 2 horas e escolhemos ir de manhã cedo. Também é possível ir à tarde. Cada safari dura entre 2 a 4 horas.
Só quando chegamos ao parque é que percebemos que aquilo não é o Badoca Park. É mais cada um por si. É preciso contratar motorista e há quem contrate guia. Os motorista e os guias estão alinhados nas suas pickups à entrada do parque tipo praça de táxis. O nosso anfitrião não só nos arranjou transporte, como nos arranjou motorista para o parque, que era também guia. Estilo 2 em 1.
E só depois de termos feito o safari é que percebemos que devíamos ter levado um lanchinho. Felizmente tínhamos um pacote de bolachas.
Para primeira vez gostamos muito. Como éramos os únicos no jipe deu para ver tudo sem pressas.
Em resumo, além da entrada no parque é preciso pagar ao motorista e guia, se for caso disso.

Também vimos crocodilos, búfalos de água, muitos pássaros...





quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Ir: Sri Lanka





Quando apetece mochilar no quentinho,  não queremos morrer sem ver um bocadinho do mundo, mas temos crias pequenas, para onde é que uma pessoa vai?
Tira 15 dias de Janeiro, aqueles que em que o frio extremo não falha cá na nossa xafarica e pira-se para o Sri Lanka. E porquê o Sri Lanka?
Porque é um destino seguro e barato. Na verdade não é barato em tudo. Mas poupa-se numas coisitas. Gasta-se noutras.
Ah, para quem pesquisar, hão de encontrar meio milhão de de blogs, onde meio milhão de pais afiançam que o Sri Lanka é fantástico para ir com as crianças. Mas é mentira. Qualquer hotel de 4 estrelas (no mínimo) e com kids club é que é fantástico para ir com as crianças. Daqueles onde podemos lá descarregar as crias e ir à nossa vidinha descansados.
Mas se tiverem filhos por opção, e se acham que apesar das birras, do quero/ não quero e de tudo o resto, o tempo que os estaferminhos passam connosco é do mais precisoso que há e não querem chegar aos 14 anos deles a terem saudades dos terríveis 2, então sim!, o Sri Lanka é fantástico.
É de facto seguro e as pessoas são especialmente atenciosas para com as crianças.
Só não esperem encontrar as condições que temos por cá: cadeirinhas de refeição e automóvel, prioridades em filas, etc.
Como não tenciono voltar, que o mundo tem muito para ver, achei melhor ver o máximo possível. O que foi muito pouco, mas foi o melhor que pudemos e estou agradecida.
O nosso itinerário foi pensado para arejar as ideias e para descansar um 
bocadinho, mas se fosse novamente fazia uns ajustes.



Ora então... Aterrámos em Colombo e no mesmo dia apanhámos um transfer para Kandy. Já tinha sido combinado com o nosso anfitrião. Custou-nos cerca de 40 € e durou 3 horas, apesar de serem só cento e poucos quilómetros. Não é muito boa ideia quando se viaja com crianças sair de um voo de 12 e ir enfiarmo-nos num carro mais 3 horinhas. Mas nós tivemos sorte.
Em Kandy só ficámos 2 noites. Vimos o Jardim Botânico, os jardins do Templo do Dente de Buda e um espectáculo de dança típico.
À entrada do templo passámos pela policia da vestimenta. O Bruno teve de por o meu pareo/lenço a fazer de saia, porque os calções não tapavam os joelhos e eu cobri os ombros. Mas já íamos prevenidos. Houve um monge que achou imensa graça à cria com as suas bochechas de anjo papudo. Tiramos foto e segue para o jantar.
Achámos que com 13 quilos de miúdo literalmente às costas não ganhávamos nada em  andar a correr de um lado para o outro a tentar ver tudo.
Sendo Kandy nas montanhas almoçámos e jantamos em rooftops com vistaça! Sim, é preciso ir ao Sri Lanka para comer num rooftop. É muito mais barato e a comidinha muito melhor. Ele é vegetais, ele é coisas picantes (também) cujo nome já não me lembro, ele é frutas coloridas e sumarentas. Uma maravilha. Cada refeição para os 3 custou-nos entre os 15€ e os 30€, com bebidas incluídas.
Estas andanças foram todas com o mesmo motorista que nos foi buscar ao aeroporto. Acaba por ser mais prático e provavelmente mais barato.
O airbnb onde ficamos é um verdadeiro oásis dentro do trânsito infernal que é um problema generalizado e dificulta muito as caminhadas a pé. Há um quarto com piscina privada e o pequeno-almoço está incluído. Os quartos são pequeno, limpos, arejados, mas há AC, se for necessário.











quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Uma foto por 2017



Se tivesse de escolher só uma foto para este ano seria esta. 
Detestei estar grávida. Andei confusa nos primeiros meses de vida do bebé. 
Comecei um trabalho novo e diferente de tudo o que tinha feito até agora. Acertei em cheio, mas o mérito não é só meu. Comecei a trabalhar antes de o Pessoinha ter completado 3 meses. 
Este ano comecei a abraçar com mais força a minha nova vida. A saber estar nesta vida que escolhi (ui, que lamechas!) e que é absolutamente multipolar. Qualquer coisa entre a snob lisboeta de coração provinciano que ainda tem uns tiques, mas diz que passa a manhã  toda no campo e depois aparece de chapéu de palhinha e botas alentejanas à tirador de cortiça. Não é fácil. 
Esta foto deve ter sido tirada num sábado à tarde, à hora da cesta. Naquelas horas em que sou só mãe e vida parece bem mais simples: alimentar, brincar, adormecer, cuidar.
Não tarda, o meu bebé já não vai querer aninhar-se assim em mim, a parecer um ursinho agarrado a uma árvore. Mas enquanto quis, eu aproveitei. Sempre.
Venha 2018!


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Vamos brincar aos doutores?

A foto é só para ilustrar o fechar de porta ao facebook

Foi na semana passada. Advogados.
Eu atrás deles numa corrida contra o tempo.
O Fulano Tal está? Preciso de falar com ele urgentemente sobre uma cliente em comum. Pode pedir para ele me ligar por favor?
Com certeza sra. Ana. Vou dizer ao Dr. Fulano Tal que a sra. ligou.
Estive para lhe dar uma descasca. À sra. Telefonista/Recepcionista, provavelmente também ela com uma licenciatura. Ou uma breve explicação sobre o modo de tratamento republicano.
Mas estava cansada. Tão cansada.
No final do dia e porque não há duas sem três entra-me pelo escritório adentro uma mulher. Somos primeiro mulheres do que outra coisa qualquer. A mulher trazia consigo uma imberbe criatura com um fato p'aí uns dois tamanhos acima. Um colega.
Queriam casas para arrendar. Fiz-lhe perguntas. As mesmas que qualquer proprietária me faria a seguir.
A resposta: uma terrível falta de educação seguido de "eu sou advogada".
Agora, já estava mesmo demasiado cansada para qualquer resposta bem dada.
Apeteceu-me mentir: também eu! Quer fazer uma corrida até ao final da rua para ver quem ganha?
Não foi preciso. Saltaram em minha defesa (quase literalmente). Alguém que é capaz de calcular o IMT mais o Imposto de Selo de um prédio misto muito mais rapidamente do que um advogado consegue soletrar MERITÍSSIMO.



quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Avarias - A jeitosa parte II


Sim, é uma espécie de luzes de Natal

No último mês avariou-se-me o carro, a máquina de lavar de loiça e para cúmulo consegui deixar cair o telemóvel do trabalho de maneira que a bateria embateu no chão de tal forma que inchou.
Só para dizer - deus dos electrodoméstico e coisas úteis em geral - que trocaria de bom grado todos os supra-citados pela televisão, pelo microondas e pela máquina de café. Se ainda for a tempo, obrigada, meu deus!
E porquê?
A televisão já veio de casa dos meus pais, já vivemos as duas juntas solteiras e despreocupadas, depois conhecemos aquele que viria a ser o maridão e estamos juntas desde sempre. Quer dizer que a dita cuja é daquelas gigantes, que pesa na boa uns 40 quilos e tem muita superfície para limpar.
A máquina do café é a mesma coisa. Quando vivíamos as duas com os meus pais partia-se (sim, forma impessoal incondicional, ou lá o que é) à vontadinha uma cafeteira por mês. Mas, desde que fomos viver para casas alugadas com cozinhas minúsculas, nuuuuunca mais. Já se fartou de viajar e, oh milagre dos milagres!, está inteira.
O microondas veio sabe-se lá de onde em segunda mão.
Agora, a porcaria do carro e a máquina de lavar loiça eram novinhos. Parece-me que há aqui uma coincidência...

A foto em cima é da cozinha, desenhada e pensada por mim, onde se pode podia arrumar a loiça da máquina todinha sem praticamente sair do sítio.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Conversas de trabalho II

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A outra pessoa: "Olhe pode-me ajudar aqui na montra? Não tem mais barato do que isto?"
Eu, a provinciana sorridente: "Não. Esse é nosso Último dos Moicanos (não sei porquê ando muito cinematográfica)."
A outra pessoa: "Não???"
Eu, a provinciana sorridente: "Não, não temos. Não com essa dimensão e nesta zona."
A outra pessoa: "Olhe eu vou levar um cartãozinho seu, está bem?"
Eu, a provinciana sorridente: "Com certeza. Obrigada. Bom dia".

Não, não estávamos a falar de atoalhados.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Não há uma única revista decente para mulheres, pois não?

Resultado de imagem para vogue julho 2017



Está a fazer um ano desde a última vez que comprei uma revista para mulheres. Foi a Vogue de Agosto do ano passado com a Helena Christensen na capa. 
Comprei porque:
1| fazia uma antecipação da moda de Outono (eu já estava fartinha de transpirar) e queria muito saber o que se ia usar na próxima estação
2| era uma espécie de edição especial sobre mulheres com carácter
3| apetecia-me assim leitura fútil, ver bonecada

Com certeza que me arrependi.
Porque:
1| Segundo essa bíblia para o mulherio afinal nesse Outono ia usar-se tudo. Juro. Era fooooolhear o suplemento e perceber que o preto total ia voltar (quando é que se foi embora?), ainda se podia usar o casaco de pêlo (que sorte a minha, ufa), valia o cinto largo e o cinto fino, a bota acima do joelho e aquela que fica assim a meio do presunto, a bicuda e a outra tipo motard (ah! que sorte), o vermelho e o cor-de-rosa juntos iam ser obrigatórios (que maçada!, por acaso nunca gostei de ver)
2| As mulheres com carácter... agora não me consigo lembrar de nenhuma.
3|Só as últimas duas irritara-me de tal maneira que voltei aos novels sangrentos e violentos enquanto o diabo esfrega um olho.
Um dia a Tédi (a minha ursa gorda) apanhou a revista e zás! leu-a de uma ponta à outra. E toda a gente sabe que quando a Tédi lê qualquer coisa nuuunca mais ninguém a vai conseguir reler.

Já há poucos dias, no consultório BUMBAS, dou de caras com leitura para gajedo outra vez. Pelo menos esta é grátis!
Pego na HAPPY de Maio e assim num cantinho " Como elas fazem viagens de luxo a troco de sexo" Ó Santíssimo Sacramento! É caso para dizer Não habia nexexidade! Então agora moxazzzezz casadoiras com estudozzzzezzz, académicaszzezz! Valha-nos deus!
'Pera lá! Ou então... querem ver que as viagens de mochila às costas, os interrails, as viagens baratuchas aka low cost saíram de moda já há dois meses e ninguém me avisou?



Isto não me parece nada feliz. Duas ou três páginas de testemunhos sonhadores de jovens mulheres que se diziam muito satisfeitas com este tipo de "viagens". Por acaso sempre achei esta revista esquisita.